Tipos de conjuntivite, causas, sintomas e tratamento da conjuntivite alérgica, viral, bacteriana, neonatal, vernal, sazonal e outras.


Conjuntivite viral

A conjuntivite viral é a mais freqüente de todas as formas de conjuntivites.
Pode ser causada por diversos vírus distintos (poxvírus, coxsackievírus e enterovírus, por exemplo), mas o adenovírus é o agente mais usual, situação na qual é chamada de ceratoconjuntivite epidêmica. Os sintomas variam, mas, tipicamente, há queixa de olho vermelho, sensação de corpo estranho, lacrimejamento, ardência e secreção ocular mucosa, podendo estar associada com infecção de vias respiratórias superiores. Ao exame, verifica-se hiperemia conjuntival difusa, edema palpebral, folículos hipertrofiados (na conjuntiva tarsal) e linfonodo pré-auricular palpável. Em alguns casos, membranas ou pseudomembranas podem ser encontradas, assim como infiltrados corneanos subepiteliais. A ceratoconjuntivite epidêmica é bilateral em cerca de 50% dos casos, sendo muito contagiosa, razão pela qual o paciente deve ser instruído a lavar as mãos com freqüência, usar toaha individual e evitar ambientes fechados, bem como contatos íntimos com outras pessoas.
O tratamento, na maioria das vezes, é sintomático, com o uso de compressas frias e lágrimas artificiais, 5 a 10 vezes ao dia. Havendo membranas, pseudomembranas ou filamentos, devemos retirá-los cuidadosamente, podendo-se usar colírio de acetil-cisteína para diminuir a formação dos mesmos.
Em casos severos ou na presença de infiltrados corneanos subepiteliais com diminuição da acuidade visual, podemos empregar colírios de corticóide.
Estes, porém, devem ser usados com cautela, a fim de evitar a cronificação do quadro viral, preconizandose uma retirada gradual, no intuito de evitar recidivas de tais infiltrados. Assim, infiltrados sem prejuízo visual ao paciente podem ser apenas acompanhados, já que a maioria desaparece após cerca de seis meses.