Tipos de conjuntivite, causas, sintomas e tratamento da conjuntivite alérgica, viral, bacteriana, neonatal, vernal, sazonal e outras.


Tratamento das conjuntivites alérgicas sazonais

No Tratamento das conjuntivites alérgicas sazonais, o quadro é na maioria dos casos, resolvido com anti-histamínicos para amenizar o prurido e estabilizadores de membrana, além de lubrificantes (sem conservantes) para dar maior conforto. Os estabilizadores de membrana levam no mínimo uma semana para surtirem efeito, portanto, seu uso deve ser continuado mesmo após cessar a crise, por pelo menos um mês.
A ceratoconjuntivite atópica deve ser tratada de forma conjunta – conjuntivite e blefarite – para que se possa compensar o quadro.
Devemos utilizar anti-histamínicos, estabilizadores de membrana, lágrimas artificiais, e, dependendo da gravidade do quadro, corticosteróides. A blefarite deve ser tratada com pomadas de tetraciclina, que, além de diminuírem a população bacteriana, agem emulsionando as gorduras, o que é de grande valia na meibomite.
Nas conjuntivites vernais, o tratamento baseia-se principalmente nos estabilizadores de membrana, anti-histamínicos e corticosteróides.
As lágrimas artificiais devem ser instiladas de hora em hora, pois a ceratite pontuada normalmente é severa. No caso de ocorrer úlcera em escudo, as placas de fibrina devem ser removidas.
Nos casos de conjuntivite papilar gigante, o tratamento só será eficaz com a suspensão da causa. Em usuários de lentes de contato ou prótese ocular, deve-se suspender o uso por pelo menos um mês. Nos casos de exposição de fio de sutura ou faixa escleral, a remoção ou reposicionamento deve ser feita.
Em todos os casos de conjuntivite alérgica, vemos que o tratamento baseia-se em anti-histamínicos, estabilizadores de membrana e corticosteróides. Em minha prática diária, dou preferência à olopatadina, por ser um medicamento mais potente que o cromoglicato dissódico, e tem ação anti-histamínica associada. A posologia é de quatro vezes ao dia, e, nos casos recorrentes, deve-se manter a medicação por no mínimo seis meses para que se obtenha o efeito de prevenção de novas crises. Quanto ao corticosteróide, utilizo a Rimexolona, por ser uma droga potente e de pouca ou nenhuma penetração na câmara anterior, o que minimiza o risco de glaucoma e catarata. Quanto à posologia, inicialmente recomendo freqüência de duas em duas horas, diminuindo a cada semana, até alcançar duas vezes ao dia, que mantenho por dois meses, com posterior retirada gradual. Em todos os casos de conjuntivite alérgica utilizo lubrificantes em conservantes, pois aumenta o conforto do paciente e mantém a lubrificação corneana. Raramente utilizo AINH.
Estudos recentes demonstram a eficácia da ciclosporina 0,05% em ceratoconjuntivite atópica e conjuntivite vernal, principalmente os casos refratários à corticoterapia. A posologia recomendada é de quatro vezes ao dia, mantida por seis meses.